Blog Pragmatismos

A tarefa do intelectual é, hoje, mais desvendar as relações entre as distintas imagens conceituais que aderir a posições políticas essencialistas. Assim, mais do que replicar o discurso de Nimrod como o tirano, caberia a Chamayou entender as dinâmicas que o condicionam. Continuamos hoje a análise dos Capítulos II, III e IV da obra Manhunts.

Para entendermos um autor, devemos nos afastar da apreensão imediata do conteúdo que ele expressa com palavras e nos apoiarmos nos indícios que ele nos dá acerca da forma como devem ser compreendidas estas palavras, ou seja, da indicação que ele nos dá acerca da tradição a que pertence. Grégoire Chamayou o faz de forma bastante clara em sua obra Manhunts: A Philosophical History, ao dizer que pretende pensar a partir da posição da vítima, a partir da posição da presa.

O Núcleo de Estudos do Comum – NEC, vinculado à Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, coordenado pelo Professor Doutor Fernando Hoffman, promoveu no dia 05 de maio de 2021 o Webniário “Biopolíticas em Comum”, e contou com a participação da Professora Doutora Carla Rodrigues (UFRJ), uma das principais revisoras técnicas das obras de Judith Butler traduzidas para o português. Participou ainda, como debatedor, o Professor Doutor Maiquel Wermuth (UNIJUÍ). Assim, o texto que segue reúne algumas impressões e pressupostos a partir da conferência apresentada pela professora, intitulada “Violência, Luto e Precariedade: da biopolítica à necropolítica a partir de Judith Butler”.

Dando continuidade aos estudos sobre a obra da filósofa americana Judith Butler, apresentamos nesse post uma resenha do segundo capítulo de seu novo livro: Força da não violência: Um vínculo ético-político. Na obra, a autora traça um percurso pela ética da não violência na filosofia, ciência política e psicanálise para conectar-se às lutas por igualdade social, retornando ao tema da precariedade e das vidas passíveis de luto. Assim, sua proposta nesse capítulo é identificar, pela filosofia política, uma compreensão de não violência a partir da condição básica de interdependência e de prática de valorização da própria vida.

O texto “Macunaíma (1928)”, de Lúcia Sá (Universidade de Manchester), faz parte do livro “Literaturas da Floresta: textos amazônicos e cultura latino-americana”, publicado em 2012 pela editora da UERJ. A obra sistematiza as pesquisas da autora sobre diversas literaturas e apresenta um guia para a compreensão da narrativa ameríndia.  Lucia Sá percorre as tradições orais da Floresta Amazônica, perpassando por diversas regiões brasileiras e pelos países que fazem fronteira com o nosso. Originalmente publicada em inglês, a obra é dividida em quatro partes: Roraima e os Caribes; O grande território dos tupis-guaranis; A confluência do Rio Negro; Os arauaques do Alto Amazonas. Nesse percurso, a autora revisita algumas obras de grandes escritores a fim de destacar a intertextualidade com as narrativas indígenas.

No último dia 9 de abril aconteceu a aula pública do Departamento de Introdução à Ciência Política e Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) sobre práticas políticas de funcionários, associações, partidos e cidadãos, mediada pela professora Cecilia Carrizo. Os convidados foram Yaku Perez Guartambel (advogado Kichwa-Kañari e candidato à presidência do Equador nas últimas eleições pelo partido indígena Pachakutik), Rosa Ñancucheo (Lonko¹ do povo Mapuche-Tehuelche em Chubut), Relmu Ñamku (membro da comunidade Winkul Newen, do povo Mapuche em Neuquén

A disciplina Estudo Crítico de Autores, do Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ, Linha Teoria e Filosofia do Direito, será dedicada este semestre ao pensamento do escritor Mario de Andrade. O curso, realizado pelo Zoom, é aberto a ouvintes através de autorização prévia a ser socilitada pelo e-mail: alexandremendes.remoto@gmail.com O curso prevê 12 encontros semanais, sempre às sextas, 10h, a partir do dia 05 de março. O programa completo segue transcrito abaixo: (Retrato de Mário de Andrade , 1922 , Anita Malfatti) UNIVERSIDADE DO

Por: Marina Gomes de Oliveira O presente texto tem como objeto de análise e cotejo a obra A História da Sexualidade I: A Vontade de Saber, de Michel Foucault, e a introdução da Microfísica de Poder, escrita por Roberto Machado e intitulada Por uma genealogia do poder. No que diz respeito à primeira obra, a abrangência de seu escopo nos conduziu a restringir nossa análise ao capítulo Nós, Vitorianos, no qual o autor traça um amplo panorama dos temas de que tratará ao longo da

Por: Alanna Medeiros Martins Os intrincados textos de Michel Foucault capturam o princípio norteador das relações de poder e as direções em que essas se estabelecem. Na presente análise, desenvolver-se-á uma relação entre os livros “História da Sexualidade: a vontade de saber” e “O nascimento da biopolítica”, observando seus pontos de interseção com as redes de poder. Não obstante, faz-se referências pontuais à outras obras que possuem posições que se coadunam e complementam. A preferência pelas obras citadas possui o intento de evidenciar a transposição

Por: Penha Lopes Teixeira 1. INTRODUÇÃO Este trabalho pretende relacionar os capítulos Instituições completas e austeras e Os recursos para o bom adestramento do livro Vigiar e Punir – Nascimento da prisão, escritos pelo filósofo Michel Foucault, com o capítulo 4 do trabalho de final de curso intitulado A violação do direito à saúde para mulheres encarceradas, escrito pela estudante de Direito Giulia Soares. O objetivo é refletir sobre a instituição prisão, partindo de textos de um autor célebre que realizou um estudo importante sobre

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