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Trecho do artigo Macunaíma: artista da transformação, publicado na Revista Passages de Paris 22/23: Dossier Varia. Artigo completo aqui Alexandre F. Mendes Introdução Na esteira dos recentes debates realizados em razão do centenário da Semana de Arte Moderna (São Paulo, 1922), o objetivo deste ensaio é abordar o mais famoso livro do escritor modernista Mario de Andrade, Macunaíma: o herói sem nenhum caráter (1928), através de três interpretações que se misturam com diferentes visões de Brasil. A primeira interpretação – que chamo de o Brasil

Escola Livre de Direito, Arte e Filosofia (UERJ) Inscrições para os clubes de leitura: justicacomoarte@gmail.com Ou acesse diretamente o nosso formulário de inscrição Clube de Leitura Justiça como Arte, reunião às quartas-feiras, na Sala Mário Tavares do Theatro Municipal do Rio de Janeiro Início no dia 30 de agosto, atividades gratuitas. Clube de Leitura 1 – Narrativas da Existência – A palavra (en)cantada dos rapsodos e xamãs (das 16h às 17h30)    Clube de Leitura 2 – Clube de Leitura Virginia Woolf (das 17h30 às

Palestra apresentada originalmente no Seminário Decolonising cannibalism or cannibalising the decolonial, no dia 17 de setembro de 2022 (UFRJ/Essex). Organização: Raluca Soreano; Carolina Salomão; Giuseppe Cocco.

Essa resenha-ensaio tem como objeto o conhecido trabalho de Mario de Andrade, “Ensaio sobre a Música Brasileira”, de 1928. Nosso objetivo é explorar o elemento da indecisão como um constituinte da entidade racial brasileira a partir do seu trabalho sobre a nacionalização artística da música popular.

Em toda obra de Dostoievski chega um momento que me traga pra dentro da narrativa. Em “Recordações da Casa dos Mortos”, é na parte da revolta na prisão. As reclamações dos presos sobre a comida escalam até a desobediência organizada. Mesmo sabendo da punição severa que se abateria sobre os participantes, o narrador-protagonista Goryanchikov resolve se unir aos rebelados. O entusiasmo de estar junto dos irmãos de cadeia é frustrado logo a seguir, quando Goryanchikov é rejeitado pelo grupo. Ele não pertence. Desolado, vai juntar-se aos presos que não aderiram ao movimento, na segurança da cozinha prisional.

É o nome de um dos poemas patrióticos mais famosos de Alexandre Pushkin. A invasão putinista na Ucrânia desencadeou uma onda de cancelamentos da literatura russa. Deveríamos era fazer o contrário. Deveríamos ler e reler incessantemente os russos à luz da invasão, inclusive para separar o joio do trigo e compreender de que maneira, do interior das obras, as linhas imperiocêntricas estejam presentes. O vício da cultura do cancelamento é cancelar sem ler ou então superestimando aspectos biográficos em detrimento das obras mesmas. Já adianto que ao longo de minha juventude mantive com a literatura russa oitocentista uma relação de fervor.

Meu pressuposto inicial é que o estudo da imagem é fundamental para a compreensão das narrativas. Entender como os diversos elementos de uma determinada narrativa interagem é uma atividade que pode ter duas perspectivas: uma dinâmica, estrutural e, ao mesmo tempo, focada na sequência de acontecimentos; e outra estática, voltada para o aprofundamento da compreensão acerca da interação entre esses elementos em uma determinada situação, ocorrida dentro ou projetada fora da narrativa. A oposição entre personagens pode nunca ocorrer dentro do texto, mas isso não impede que construamos um quadro mental no qual aquela oposição seja revelada. Assim, quando comparamos diferentes obras, estamos criando uma imagem que envolve personagens e todas as circunstâncias que as cercam e pondo-nos diante dessa imagem, para descrevê-la e compreendê-la melhor. Particularmente, trabalho com o conceito de imagem mítica Carl Schmitt, um jurista alemão um pouco polêmico.

“O que o futuro traria, somente os céus sabiam. A mudança era incessante, a mudança talvez não cessasse nunca. Altas muralhas de pensamentos, hábitos que tinham parecido duráveis como pedras, caíam como sombras ao toque de um outro espírito e deixavam o céu desnudo, com estrelas brilhando.”[1]

A publicação do livro O Making da Metrópole. Rios, Ritmos e Algoritmos nos conduz a uma trama instigante e oportuna. Primeiro, porque nos coloca diante de um balanço de mais de três décadas de globalização desde a queda do muro de Berlim e, consequentemente, daposição de destaque da metrópole nesse campo de transformações. Segundo, porque nos apresenta, sem cerimônia, as linhas políticas, econômicas, sociais e culturais que, tanto se consolidaram como paradigmas, quanto se tornaram tendências, isto é, devires. Por fim, todo esse panorama não escapa daquilo que está diante de nós, mas que se tornou difícil de encarar: a experiência metropolitana do Rio de Janeiro pós-ressaca dos grandes projetos urbanos, implementados durante a governança de esquerda e promovidos no calda dos megaeventos esportivos (Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016) e do ciclo dos commodities (2000-2014).

Franz Kafka, nascido em Praga, na atual República Tcheca, é considerado um dos escritores mais influentes do século XX. A Metamorfose e O Processo são alguns de seus escritos mais famosos os quais abordam temas como, por exemplo, a alienação e a brutalidade do poder. Aqui no Brasil, no início de 2019, ficou muito popularizado quando o seu nome foi “imprecionantemente” confundido pelo então Ministro da Educação com o de um alimento preparado com carne moída: a cafta.

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